Despertar a Paixão: Rebeca Andrade e Ouname Mhotsha Jovens atletas se valem de experiências pessoais para criar um mundo melhor

Acender a Paixão: Rebeca Andrade e Ouname Mhotsha Jovens atletas se valem de experiências pessoais para criar um mundo melhor
  • Acendendo a paixão nos líderes de amanhã através da conquista atlética
  • Apresentando aos jovens a sustentabilidade como meta de carreira
  • Capacitar os jovens através do desporto seguro

Quando a ginasta brasileira Rebeca Andrade disputou os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, foi o ápice de uma história sobre vencer as probabilidades. Poucos meses antes, Andrade nem sabia se participaria dos Jogos realizados na capital japonesa em 2021 e, além disso, havia superado duas grandes lesões. Aos 22 anos, ela teve um desempenho surpreendente e saiu de Tóquio com uma medalha de prata e ouro, e se tornou a primeira ginasta do Brasil a medalhar em Jogos Olímpicos.

Andrade recentemente se reuniu com Ouname Mhotsha, uma jovem líder do COI e a primeira jogadora de golfe profissional de Botsuana, para discutir como jovens líderes do mundo do esporte podem inspirar as pessoas a criar uma sociedade mais sustentável e inclusiva. Andrade falou sobre os desafios de crescer em uma comunidade carente no Brasil. Filha única entre oito filhos de mãe solteira, Andrade se mostrou desde cedo promissora, subindo em árvores e fazendo carrinhos desde cedo. Como um dos trabalhos de sua mãe era limpar uma academia, seu talento foi reconhecido desde cedo, mas as coisas nunca foram fáceis.

"A parte financeira foi um grande desafio para mim e minha família", diz Andrade. "Foi difícil de superar. Houve um momento em que minha mãe não tinha dinheiro suficiente para me levar de ônibus até a academia. Eu tinha oito anos e tive que andar quase duas horas para chegar lá para treinar. Meu irmão consertou uma bicicleta velha para que eu pudesse chegar lá. Superamos isso porque toda a família se ajuda, é fundamental ter uma rede de apoio".

Acendendo a paixão nos líderes de amanhã através da conquista atlética

Os modelos podem funcionar como uma faísca que acende a paixão pelo esporte, disseram as duas mulheres. Para Andrade, foi a brasileira Daiane dos Santos, que se tornou a primeira ginasta negra a vencer uma prova em um Campeonato Mundial, ao conquistar uma medalha de ouro no solo no Campeonato Mundial de Ginástica Artística de 2003, em Anaheim, na Califórnia. Quando Andrade começou a chamar a atenção no Brasil, ganhou o apelido de Daianinha de Guarulhos, em referência à cidade natal de Dos Santos e Andrade, Guarulhos. Agora é a vez dela inspirar. 

"Sei o quanto minha vitória pode inspirar meninas negras, porque quando me veem, pensam: 'Se ela fez, eu também consigo'", diz Andrade.

Acender a Paixão: Rebeca Andrade e Ouname Mhotsha Jovens atletas se valem de experiências pessoais para criar um mundo melhor

Rebeca Andrade, primeira ginasta do Brasil a medalhar nos Jogos Olímpicos, é embaixadora da Panasonic que se aproxima da Geração Z para alavancar suas ideias e paixão pela proteção do planeta

Embora venha de uma família de golfistas, Mhotsha também enfrentou desafios financeiros por causa da falta de golfistas negras em Botsuana. Outra questão era que ela era a única garota do ensino médio jogando golfe em seu país de origem, e sentia uma forte sensação de isolamento. Ela quer superar isso participando de iniciativas como o Programa de Jovens Líderes do COI. Lançado em 2016 com a Panasonic como parceira fundadora, o programa visa capacitar os jovens a alavancar o poder do esporte para fazer uma diferença positiva em suas comunidades.

"O golfe não é um esporte predominante na África – não é jogado em escolas de ensino médio ou faculdades, então realmente não há informações disponíveis", diz Mhotsha. "Superei esse desafio quando soube que havia mais fora do meu país relacionado ao golfe e às oportunidades que vêm com ele."

Apresentando aos jovens a sustentabilidade como meta de carreira

Os dois atletas compartilham outra paixão em seu compromisso com a sustentabilidade. Como embaixador da Panasonic, que se comprometeu a atingir emissões líquidas zero de carbono até 2030 em todas as suas operações globalmente, Andrade tem se aproximado da Geração Z, pessoas com idades entre 12 e 25 anos, para alavancar suas ideias e paixão pela proteção do planeta.

"Eu me importo muito com o mundo que quero deixar para meus filhos e para a próxima geração", diz o campeão do salto, hoje com 24 anos. "Se todo mundo fizer junto, imagine a diferença que vai fazer. Separe o lixo. Economize água. Deixe seu carro na garagem um dia por semana. Use carros elétricos." Rebeca acredita que são as pequenas coisas que vão somar grandes mudanças.

Acender a Paixão: Rebeca Andrade e Ouname Mhotsha Jovens atletas se valem de experiências pessoais para criar um mundo melhor

Ouname Mhotsha, a primeira jogadora de golfe profissional de Botsuana, é uma jovem líder do COI que apresenta estudantes do ensino médio – os solucionadores de problemas do futuro – a carreiras em sustentabilidade

Por sua vez, Mhotsha combinou seu interesse acadêmico em sustentabilidade – ela se formou em economia agrícola e recursos florestais – com seus Projetos Thanya Monana, uma série de iniciativas esportivas e de desenvolvimento de jovens focadas no uso do golfe para abordar as desigualdades em Botsuana.

"Meu papel agora são programas de força de trabalho, então apresento aos alunos do ensino médio carreiras em sustentabilidade", diz Mhotsha. "Eu queria obviamente me concentrar no golfe e alavancar o golfe, mas queria ter diferentes caminhos de carreira que geralmente não são facilmente acessíveis aos jovens em comunidades carentes, sendo a sustentabilidade um deles."

Mhotsha vislumbra um amanhã mais brilhante, acendendo a paixão dos jovens de hoje. "A parte boa de apresentar aos jovens carreiras em sustentabilidade é que eles podem se tornar solucionadores de problemas para suas próprias comunidades, uma vez que já vêm de comunidades que lutam com questões ambientais", explica.

Capacitar os jovens através do desporto seguro

Andrade e Mhotsha concordaram que o esporte também deve ser sustentável em termos de seu impacto no bem-estar mental dos atletas, como visto no movimento "esporte seguro" dos últimos anos. A Declaração de Consenso do COI de 2016 define esporte seguro como "um ambiente esportivo respeitoso, equitativo e livre de todas as formas de assédio e abuso".

"Esporte seguro significa muito para mim", diz Andrade. "Faço terapia com minha psicóloga desde os 13 anos. Sei que isso faz muita diferença no meu esporte e na minha vida. Aprendi a lidar com a pressão, a dor e as expectativas. Acredito que atletas, torcedores e patrocinadores devem entender que os atletas podem fazer coisas excepcionais, mas no final eles são humanos como todos os outros."

Enquanto as duas atletas olham para o futuro, Andrade está focada em alcançar seu melhor nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024, que acontecerão de 26 de julho a 11 de agosto. "Estou muito feliz por estar competindo em Paris, porque estarei com todas as meninas da minha equipe. Em Tóquio, fui só eu."

Mhotsha quer construir sua organização esportiva e tê-la administrada por jovens. Sua ambição pode ajudar a inspirar jovens atletas em todos os lugares.

"Acho que em todas as fases da vida, um jovem tem algo em mente que pode beneficiar o mundo", explica. "Então, quero ser capaz de capacitá-los, dar-lhes voz enquanto ainda são jovens e saber que só porque eles vêm de uma comunidade carente ou comunidade que não tem muitas oportunidades, isso não significa que eles não são poderosos, ou eles não podem fazer nada por si mesmos ou por suas famílias, comunidades e o mundo em geral."

Bios

Rebeca Andrade
Rebeca Andrade nasceu no Brasil em 1999. Desde pequena, mostrou talento para a ginástica. Ela estreou internacionalmente no Campeonato Pan-Americano Júnior, em 2012, e se tornou campeã do salto nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020, e nos Campeonatos Mundiais de Ginástica Artística de 2021 e 2023. Como embaixadora da Panasonic, ela aumenta a conscientização sobre sustentabilidade. Agora, ela se prepara para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris, em 2024.

Onama Mahotsa
Ouname Mhotsha é a primeira jogadora de golfe profissional do Botsuana, onde nasceu em 19XX. Com 16 vitórias amadoras e duas internacionais no currículo, ela concluiu a graduação em ciências nos Estados Unidos em agricultura e recursos florestais. Tendo ingressado no Programa de Jovens Líderes do COI em 2023, seu objetivo é inspirar jovens meninas a praticar o esporte e incentivar o investimento em acessibilidade ao golfe em Botsuana e em todo o mundo.

Sobre a Série Ignite the Passion
Esta série de entrevistas convida os atletas da Equipe Panasonic e os Jovens Líderes do COI a compartilhar suas paixões e as ações que estão tomando para trazer mudanças positivas em questões-chave, incluindo meio ambiente, saúde física e mental, igualdade de gênero, educação e diversidade e inclusão. A série coincidirá com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris 2024, com o objetivo de inspirar jovens leitores a se juntarem a esses atletas para fazer mudanças que possam ajudar a realizar uma sociedade mais sustentável e inclusiva.

Sobre o Programa de Líderes da IOCYoung
A Panasonic é parceira fundadora do Programa de Jovens Líderes do COI, que visa desenvolver futuros líderes selecionando 25 jovens em todo o mundo anualmente para ajudá-los a alavancar o poder do esporte e fazer a diferença em suas comunidades. O programa trabalha em conjunto com uma série de iniciativas em vários países para abordar uma série de questões sociais e ambientais, muitas delas áreas de foco dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Programa de Jovens Líderes do COI (olympics.com)

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